28 de fev. de 2009

Entrevista com Bill Ochs, última parte

Paul: Qual é o seu método de ensino? Você segue seu livro Clarke?

Bill: O que eu faço nas aulas é grandemente expandido do que eu incluí no tutorial Clarke, mas segue a mesma filosofia: não sobrecarregar os alunos com muita informação de uma vez só. Seguimos adiante num ritmo confortável, trabalhando do simples ao complexo um passo de cada vez. O objetivo maior é que cada estudante alcance a autosuficiência musical - que esteja apto a aprender qualquer melodia de qualquer fonte.

No começo, eu ensino os fundamentos de se ler música, mas também trabalhamos bastante o treinamento auditivo. Por apresentar as melodias lentamente, repartidas em uma frase de cada vez, mesmo pessoas que nunca tocaram de ouvido aprendem a fazer isso com relativa facilidade. Ensino ornamentação depois de alguns semestres de trabalho com músicas mais simples que apresentam os estudantes aos diferentes tipos de ritmos irlandeses. É importante desenvolver um sólido senso de ritmo e fraseado antes de se aprofundar em ornamentação.

Paul: Que conselho você daria às pessoas que estão aprendendo sozinhas?

Bill: Nunca se force a tocar mais rápido do que você se sente confortável. Cultive um senso de entrosamento enquanto tocar o tin whistle. A velocidade pode se desenvolver gradualmente e naturalmente com o tempo. Forçar raramente leva à apreciação musical, e geralmente causa falhas no seu ritmo e fraseado. Nem precisa tocar as melodias rápido para que soem bonitas.

Paul: Que tipos de whistles você tem tocado ultimamente?

Bill: Eu tenho uma coleção de Clarkes e Generations que juntei ao longo dos anos. A maioria das gravações que me inspiraram no início foram feitas nesses whistles. E esse é o som que continua a me inspirar. Também gosto de tocar um bom Oak em D, e mais recentemente eu tenho usado o whistle em C da Walton's em algumas de minhas aulas.

"Enfim, fico muito feliz em tocar meus velhos whistles. No fim do dia, o que importa mais é a música."

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Pois é, depois de um século, acabei de publicar esta entrevista hahah. No entanto, ela está condensada; escrevi apenas as partes mais relevantes pra nós que tocamos tin whistle. Até mais!