27 de abr. de 2008

Generation X Waltons

Quinta-feira passada chegou meu novo tin whistle, um Waltons Mellow D. Como você pode ver na foto, ele é muito bonito, lustroso e tal... Porém eu não fui feliz no que chegou pra mim, todo arranhado e com marcas como que de cola. Tudo bem, eu poderia mandar trocar, mas infelizmente isso é um risco que você corre ao comprar tin whistles que são produzidos em massa. Eles são justamente isso: produzidos em massa. Não devem ser conferidos um a um minuciosamente. Além disso, há a questão do transporte: vai da Irlanda para os EUA e depois vem para cá... Enfim, vamos ao mais importante: o som. xD

O Mellow D tem um som bonito e aconchegante, um pouco diferente do Generation, por exemplo. Isso se deve ao seu formato: o diâmetro da haste é ligeiramente mais largo que o dos tin whistles comuns (diz-se no site que isso serve para se evitar os sons estranhos causados por excessos de ar). Eu fiz um teste de medidas. Para você ter uma idéia, o Generation coube dentro do Mellow D! Não obstante, o Mellow D tem um grave defeito (pelo menos para mim): exige uma quantidade enorme de ar pra se tocar, tanto que a gente se cansa facilmente no meio da música, e as notas mais agudas da oitava superior são difíceis de serem tocadas. Enfim, essa foi a minha impressão. (Se você teve uma experiência melhor com o Waltons Mellow D, por favor comente e me diga! xD) Enfim, confesso que me arrependi de ter comprado esse tin whistle. Poderia ter usado o dinheiro em outro melhor.

Ah, só uma curiosidade: o som do Mellow D é bem semelhante do Meg, da Clarke, mas o Meg ganha do Mellow D de longe, porque não tem todas essas desqualificações, fora que seu design é bem legal e ele é bem feito.

Com tuso isso, eu percebi que o Generation tem se tornado meu tin whistle favorito dentre todos. E não sei se tem a ver o fato de ele ser niquelado, mas é difícil o som dele mudar depois de algum tempo tocando, seja por humidade ou o que for, de modo que você o toca até não querer mais e ele continua o mesmo (claro, às vezes é preciso tirar a saliva que se acumula xD).

Para que você perceba a diferença de som entre o Generation e o Waltons Mellow D, abaixo estão os links com o som de cada um (na oitava inferior) para download. Clique sobre os links para ouvir o som ou clique com o botão direito e escolha "Salvar destino como", para salvá-los.

Amostra de som do Generation Niquelado D

Amostra de som do Waltons Mellow D

Os arquivos são em formato WMA.

Ouça, compare e depois comente suas impressões.

Até a próxima!

13 de abr. de 2008

2 de abr. de 2008

Entrevista com Bill Ochs, 3ª parte

Paul: O conjunto era originalmente composto por um whistle e uma gravação em C (Dó). Está agora disponível em D (Ré)?

Bill: Sim. Quando eu comecei a trabalhar nesse projeto, a Clarke não manufaturava um whistle em D já por mais de 50 anos. Visto que o whistle em C era o único disponível pela Clarke na época, minha gravação original foi em C. (Meu livro era em D no começo. Longa história - tin whistles são instrumentos transponentes.)

No fim de 1989, a Clarke produziu um novo whistle em D; logo em 1991, eu lancei uma gravação em D. O lançamento da gravação em D abriu todo um novo mercado para o tutorial. As pessoas que não tocam os whistles Clarke começaram a usar o pacote como um método geral de instrução para tin whistle. O livro e o CD são compatíveis com qualquer whistle em D.

Paul: Além de melodias irlandesas, o livro e o CD apresentam várias melodias escocesas, inglesas e americanas antigas. Como você chegou a essa mistura?

Bill: Embora eu tenha me especializado em música irlandesa, eu tenho um grande apreço por muitos outros tipos de música. Com o passar dos anos, meu círculo imediato de amigos músicos incluiu pessoas envolvidas em bandas de gaitas de foles escocesas, violinistas de Cape Breton, Morris dancing (tipo de dança folclórica inglesa), danças tradicionais da Nova Inglaterra, e bandas de flauta e bateria. Eu reuni todos esses repertórios quando escrevi o livro - o principal era que cada música soasse bem no whistle. É uma mistura eclética, embora boa parte da música avançada no livro seja irlandesa, refletindo o fato de que se tocar o tin whistle tem florescido na Irlanda e se desenvolvido numa forma de arte.

Paul: Com o que você tem estado envolvido musicalmente desde o livro Clarke?

Bill: Meu mais recente projeto completado é Long Expectant Comes at Last, um álbum de Cathal McConnell que eu co-produzi junto do meu amigo Ed Harber. A maioria das faixas apresenta Cathal cantando ou tocando flauta. Não há muito tin whistle em Long Expectant, mas as faixas em que o inlcuímos são deleitosas, deslumbrantes e um tanto quanto engraçadas.

Senão isso, tenho passado muito tempo documentando a música de Micho Russel (1915-1994), o notável whistler de Doolin, Condado Clare. Eu produzi um vídeo de Micho em 1993, e então lancei um cd seu em 1995. Ambos são entitulados Ireland's Whistling Ambassador. Os projetos cresceram a partir de turnês que Dennis Winter e eu organizamos para Micho no começo dos anos 90. Atualmente, estou trabalhando num livro sobre Micho e sua música.